E o Natal está chegando. Are you ready?

21 12 2008

Foto por Camila Braga

Ontem fiz algo que requer muita coragem, determinação e força de vontade: compras natalinas no centro da cidade – Taubaté, no caso. Ok, essa é aquela época do ano na qual as pessoas são amáveis, generosas e educadas, certo? Bom, acho que não.

Você sabe o que é ver todas as lojas lotadas de gente? Para onde quer que você olhe: pessoas e sacolas.  E o mais engraçado é que as pessoas esperam que o atendimento dos lojistas será rápido, exclusivo e organizado. E elas ficam ligeiramente rancorosas quando isso não dá certo. Uma dica: Quer sossego e tranqüilidade nas compras de final de ano, vá comprar na Daslu. Ou pela internet. Ou ainda melhor, faça o seu presente! Isso mesmo! Quer algo mais exclusivo e pessoal do que isso? Não precisa ser talentoso não….se eu consigo, poxa!

Depois alguns amigos me repreendem quando falo do meu sutil mal-humor nessa época do ano. Até apareceu no Jornal Hoje, uma matéria a respeito do estresse que algumas pessoas enfrentam no mês de dezembro. Nada mais natural quando você descobre que não é o Papai Noel que vai trazer os presentes para todos os seus parentes e amigos.

Você consegue se lembrar de quando descobriu que Papai Noel não existia? (Espero que não tenha crianças lendo esse blog) Eu lembro que não foi nada agradável. Um amiguinho da escola que falou – vou preservar sua identidade para o seu próprio bem -, mas é lógico que não acreditei. Naquela época, acho que tinha uns 8 anos, quase todo mundo da minha idade já sabia que não havia bom velinho coisa nenhuma. Depois que esse colega me disse isso, fui questionar com meus pais, só pra eles confirmarem que realmente o que eu havia ouvido era a maior besteira, para eu ficar tranquila, ano que vem tem mais renas, duendes e essas coisas. Ledo engano. Fui eu toda feliz comentar a feliz coincidência do papel de presente (do Senninha, por sinal) do embrulho que o Papai Noel me trouxe ser igual ao que a minha mãe vendia em sua papelaria. 

Bom, a partir daí a verdade veio à tona, e eu tinha a completa certeza que meus Natais seguintes seriam tão sem graça como qualquer outra data. Mas os anos foram passando e até que eles foram bacanas. Só que daí a gente cresce mais um pouco e vê que essas datas de conclusão de ciclo e renovação são superestimadas. E eu só quero que 2009 apareça logo no meu calendário.





Coisa de criança: A minha calça rasgada

15 12 2008

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A história é a seguinte, você conta um causo da sua infância perdida e convida mais dois blogueiros para fazer o mesmo. Quem me fez o convite foi o Felipe, e agora eu passo a bola para a Karla e para o Corona.

Ok, começamos com a pequena Camila e seus 8, 9 anos na nostágilca escolinha Pequeno Construtor, em Pindamonhangaba. Era um recreio como todos os outros, estava eu lá linda, sorridente e formosa brincando no parquinho – diga-se de passagem com uma super variedade de divertimentos, com balancinho, gira-gira, escorregador, gangorra e o bom e velho terrão com pedrinhas. Escolhi ir até o gira-gira, ver como andava aquele brinquedo tão bacana. Eis que quem estava a girar o tal do gira-gira era o meu querido colega Etevaldo Rodrigues (eu me lembro do nome do colega, mas ele foi modificado para preservar a identidade do mesmo), o detalhe era que ele dominava o brinquedo, mas não havia ninguém sentado nele. Ele apenas rodava e rodava o gira-gira vazio.

Ok, a pequena Camila decide que vai subir no dito cujo em movimento, mesmo assim. Lembrando que era um dia frio e eu estava com o meu uniforme azul claro de segunda mão (irmã caçula tem dessas) e que ele não era o top de resistência dos uniformes. Então, foi assim, eu criei coragem, tomei impulso e pulei no gira-gira, mas não contava com o pequeno prego sobressalente que se encontrava bem rente ao assento. O pequeno prego foi o responsável por fazer um belo rasgão na minha nádega esquerda – naquele tempo, chamada, carinhosamente de “poupança”.

Fiquei sem reação! “Ai, Meu Deus! E agora, eu aqui no meio do parquinho, recebendo o maior ventinho na minha poupança! O que faço?” Fui até a tia Elaine, minha professora e contei o meu draminha, com a mão firme no rasgo, para ninguém ver mais do que o necessário. Ela com um sorriso compreensivo, pegou um rolo de fita crepe e foi comigo até o banheiro. É isso mesmo que você está pensando: Ela pegou a calça do avesso e colou com a fita – quer remendo mais imediato? Fiquei toda feliz, porque não teria que voltar do recreio para a sala de aula com essa nova moda, meio rebelde, meio funkeira – acho que não seria bem aceita, de qualquer maneira, pela turminha da quarta série.

Enfim, a lembrança mais forte que tenho desse dia é a sensação incômoda da fita crepe na minha “poupança”, e eu tentando disfarçar, discretamente, para descolá-la um pouco de mim. Só queria ir para casa e tirar logo o meu uniforme-azul-claro-remendado-de-fita-crepe. Mas só pra deixar registrado…Tia Elaine: Valeu!

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