Os tremores de 8,8 graus sentidos no Chile na madrugada de sexta para sábado já deixaram mais de 300 mortos, 15 desaparecidos e 2 milhões de pessoas desabrigadas.
Conheci Santiago em 2008, quando viajei para o país com minhas amigas da faculdade para fazer uma reportagem sobre a tentativa de se construir usinas hidrelétricas na Patagônia. Como primeira viagem internacional, a memória afetiva é muito grande, e a identificação com a tragédia não poderia ser diferente.
Entrei em contato com alguns jornalistas e outras fontes que entrevistamos por lá, durante nossa visita, e a medida que obtiver as respostas, irei colocá-las todas aqui.
A primeira a responder por email foi a jornalista chilena Daniela Estrada, que deu seu depoimento, contando como foram os momentos após os tremores. Segue abaixo.
– Onde você estava quando o terremoto começou?
Estava dormindo, eram 3:34 da madrugada.
– De que forma sentiu os tremores?
Acordei com o movimento da minha cama. O tremor foi ondulante e durou cerca de 2 minutos. Me levantei da cama e fui até a porta de minha casa para me proteger.
– Como a cidade ficou, pela manhã?
Foram derrubados edifícios, casas, rodovias, pontes… A última declaração oficial fala em 147 mortos. (o email foi respondido às 17h19 do sábado)
– O que é mais necessário agora, qual a prioridade?
Agora o país está em estado de emergência, resgatando feridos, evacuando lugares afetados, contabilizando feridos e reparando os danos.
– Como está a comunicação do país?
A comunicação telefônica (fixa e celular) ainda não se normalizou em todo o Chile. Há zonas em que não se tem eletrecidade, nem outros serviços básicos. Registrou-se, também, alguns saques ao comércio.
—————————————————-
O Flickr mostra algumas fotos de seus usuários que registraram a situação do país, depois dos tremores: http://blog.flickr.net/2010/02/27/earthquake-in-chile/